Aloysio Silva Araújo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1910. Foi de rádio e de televisão, sendo considerado um dos mais inteligentes escritores de humorismo de seu tempo. Em verdade ele começou como compositor musical e já em 1931 teve disco gravado. Fazia parte do “Grupo dos Calungas”, que era formado por vários artistas, incluindo Aloysio Silva Araújo e Garoto. Aloysio era também pianista e acompanhava diversos artistas, como Léo Vilar. Em 32, gravou “O Dia Em Que Te Conheci”, pela Columbia. E , no ano seguinte, “Eu Bem Quis Ser Feliz”. Em 36, gravou oito parcerias com Francisco Malfitano: “Sinto Lágrimas”, “Onde Vais, Guiomar”, “Fui Traído”, “Quem é o Tal”e as marchinhas: “São Paulo Grandioso”, “Colombina da Fuzarca”, “Coitadinho do Pachá”, e o samba “Morena do Samba”. No mesmo ano gravou “E Ela Não Voltou”. Em 37, gravou “Meu Amor”. E em seguida “Eu Sempre Quis Cantar Uma Valsa Assim”.
Mais tarde suas músicas foram gravadas por cantores como Isaurinha Garcia, Déo, Almirante, Moreira da Silva, Moacyr Franco, todos cantores afamados. O selo Revivendo lançou diversos LPs, com músicas e letras de Aloysio Silva Araújo.
Mas ele ficou muito conhecido por seus programas de rádio e televisão. Na década de 50 esteve na Rádio de Ribeirão Preto, integrando a equipe da PRA-7, Rádio Clube. Na emissora teve colegas como Moacyr Franco, Rogério Cardoso e vários outros. Já em São Paulo, capital, ficou famoso com o programa “Cadeira de Barbeiro”, que ia ao ar pela Rádio Nacional . Ele fazia dupla com Manuel de Nóbrega, onde fazia o barbeiro e o freguês era Nóbrega. Outro programa de sucesso foi: “São Paulo, Num Te Güento”, que ia ao ar pela TV Paulista e pela Rádio Nacional . E o programa “O Libório”, que era transmitido pela Rádio São Paulo. Na Rádio Bandeirantes, havia o programa de calouros, produzido por Rebelo Junior e apresentado por Aloísio Silva Araújo.
Aloysio escreveu ainda inúmeros crônicas e contos para rádio e TV, como “Com o Pince-Nez da Vida”.
Era um homem de temperamento simples, que nem sequer fazia questão de guardar as coisas que ele próprio fazia. Vivia a vida, deixando-a correr, como um rio sereno, para o mar. Por causa de sua bondade e de seu desprendimento, era muito admirado por seus colegas.
Aloysio Silva Araújo é falecido.
Por Vida Alves / Atualizado em 20-04-2017 por M.A.Z.