O nome completo da cantora Beth Carvalho era Elizabeth Santos Leal de Carvalho, e ela nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de maio de 1946.
Era filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho. Seu contato com a música começou quando ela era ainda menininha, através de toda a família. Seu pai era advogado, mas amigo de muitos músicos e cantores, como Sílvio Caldas e Elizeth Cardoso. Sua avó Ressú tocava bandolim e violino e sua mãe tocava piano clássico. Beth estudou balê e violão e formou-se como professora de música. Seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas de samba e rodas de samba e a menina se encantava. Sua inclinação inicial era pela Bossa Nova.
Por ter tendências esquerdistas, o pai de Beth foi cassado durante o golpe militar. A situação financeira da família ficou difícil e então ela foi ser professora de violão para uma turma de 40 alunos. Com a orientação política que teve do pai, Beth sempre foi uma cantora engajada em movimentos políticos e sociais. Ao lado do cantor Lobão, foi ela quem lutou para conseguir a numeração dos discos, o que não acontecia até então, em prejuízo para os artistas.
Em 1965, Beth Carvalho gravou seu primeiro CD, com a música ” Por Quem Morreu de Amor”. Em 1966, envolveu-se com o samba e participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Vieram os festivais e Beth participou de todos. Esteve no Festival Internacional da Canção, no Festival Universitário, no Brasil Canta no Rio, no FIC de 1968, quando ganhou o 3º lugar, com a música “Andança”. Ficou então conhecida em todo o país. No ano seguinte lançou seu 1º LP, com o mesmo título.
A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas. Lançou: ” 1.800 Colinas”, ” Saco de feijão”, ” Olho Por Olho”, “Coisinha do Pai”, ” Vou Festejar”, e muitas outras canções e sambas que a tornaram popular e uma grande vendedora de discos.
Apaixonada por rodas de samba e de pagode, Beth foi se tornando conhecida por incentivar colegas, homenagear os antigos e revelar os novos. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho, para a gravação de “Folhas Secas”, e em 1975 buscou Cartola para lançar “As Rosas não Falam”.
Ao mesmo tempo revelou artistas que se tornaram importantes como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Luiz Carlos da Vila, Sombra, Sombrinha e Arlindo Cruz. Passou a ser chamada então de “Madrinha do Samba”. Em seus shows introduziu instrumentos como o banjo, com afinação de cavaquinho, o tan -tan e o repique de mão.
Em 1979, Beth Carvalho casou-se como craque de futebol Edson de Souza Barbosa, e em 1981, nasceu sua filha Luana. Hoje Luana é cantora e atriz.
Com mais de 40 anos de carreira, Beth Carvalho lançou 31 discos, 2 DVDs e se apresentou em inúmeras cidades do mundo, além de ter estado em todas as capitais brasileiras e muitas cidades do interior. No Brasil seus espetáculos são sempre muito concorridos, e o mesmo acontece em todas as cidades do mundo.
Beth Carvalho ganhou 6 Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, 9 de Platina, 1 DVD de Platina, centenas de troféus e premiações diversas.
Depois de uma séria doença que provocou internações e cirurgias na coluna, Beth Carvalho faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 2019, aos 72 anos de idade.