MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARCOS PLONKA


Marcos Plonka nasceu em 26 de setembro de 1939, na capital paulista, no bairro do Tatuapé.

Era de família judia e seus pais eram da Polônia e vieram para o Brasil, um pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Aqui foram ser comerciantes e passaram a ser chamados de “turco da prestação”, nome genérico que na época se dava a todos os mascates, a todo vendedor de “porta em porta”.

Marcos Plonka desde jovem só pensava em fazer rádio, em ser locutor. Tentou, fez teste, mas não conseguiu. O que conseguiu foi um papel no “Teatro da Juventude”, de Tatiana Belinky e Julio Gouveia, na Televisão Tupi. Desse programa, Plonka passou a participar de todos os teleteatros da casa.

Participou de vários “TV de Vanguarda”, fazendo papéis sérios, mas se deu melhor no “TV de Comédia”, de Geraldo Vietri. Com ele fez inúmeros trabalhos, tanto na televisão quanto no cinema. Passou a fazer parte de seu elenco e Vietri tinha ciúme de sua turma, mas Plonka  trabalhou também muito com Wanda Kosmo, e colaborou na direção do “Grande Teatro Tupi”.

Estreou nas novelas em 1964, em “A Gata”, e depois vieram “Alma Cigana”; “O Direito de Nascer”; “O Sorriso de Helena”; “A Cor de Sua Pele”; “O Mestiço”; “A Inimiga”; “A Ré Misteriosa”; “Antonio Maria”; “Nino o italianinho”; “A Fábrica”; “Vitória Bonelli”; “O Machão” e “João Brasileiro, o Bom Baiano”, todas elas na TV Tupi.

O humor estava no sangue de Plonka e ele acabou cedendo e participando apenas de comédias. Depois da TV Tupi e das dublagens, em 1980, ele foi para a TV Globo, participar da novela “Olhai os Lírios do Campo”, e em seguida foi atuar nos programas humorísticos da emissora, como o “Balança, Mas Não Cai”; “Os Trapalhões”; “Chico Anisio Show”; “Chico City” e “Escolinha do Professor Raimundo”. Nesse programa consagrou o personagem judeu Samuel Blaustein, com alguns bordões conhecidos e repetidos por todo o Brasil, como “Fazemos qualquer negócio”.

No Cinema ele atuou em “Quatro Brasileiros em Paris“, em 1965; “O Pequeno Mundo de Marcos” em 1968; “Diabólicos Heerdeiros” em 1971; “Senhora” em 1976; “O Inseto do Amor” em 1980 e “O Homem do Pau Brasil” em 1982.

Por outro lado, Plonka sempre teve atividades paralelas. Não ficou apenas sendo ator. Foi empresário em várias áreas. Teve um restaurante em São Paulo, o “Dom Place”. Casado com a atriz Olivia Camargo, o casal teve dois filhos: Fátima e Sidney.

Em 1999, foi para a TV Record fazer parte do elenco de “Escolinha do Barulho”, e depois como quadro no programa de Gugu Liberato, em 2011. Em ambos, Plonka interpretou o eterno personagem Samuel Blaustein.

Marcos Plonka faleceu em 8 de setembro de 2011, aos 71 anos de idade, vitimado por um infarto, no Instituto do Coração de São Paulo.

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