O nome civil de Nelson Cavaquinho é Nelson Antônio da Silva. Ele nasceu em 29 de outubro de 1911, na cidade do Rio de Janeiro E faleceu também no Rio, em 18 de fevereiro de 1986.
Foi um grande compositor de músicas brasileiras Além de compositor, também tocava violão, cavaquinho. Seu estilo era inimitável.Usava só dois dedos da mão direita.
Sua família era toda ligada á música. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da Banda da Polícia Militar e seu tio Elvino, tocava violino. Depois, foi morar na Gávea, e passou a freqüentar rodas de choro. Nessa época ganhou o apelido, que o acompanhou por toda a vida.
Casou-se por volta dos 20 anos, com Alice Ferreira Neves. Eles tiveram quatro filhos. Conseguiu com seu pai um emprego na poliícia, fazendo rondas à cavalo. E foi durante essas rondas, que foi conhecendo o pessoal do Morro da Mangueira, entre os quais Cartola e Carlos Cachaça.
Nelson Cavaquinho deixou mais de 400 composições, entre clássicos, como: “ A Flor e o Espinho”, em parceria com Guilherme de Brito. Mas Nelson Cavaquinho vivia quase sempre sem dinheiro, pois a família era grande para sustentar, então muitas vezes vendeu parcerias de sambas, que fazia sozinho, mas que colocava nomes de outros, a troco de algum dinheiro.
Sua 1ª canção gravada foi: “ Não Faça Vontade a Ela”, em 1939, que não teve muita repercussão. Anos depois, Nelson foi descoberto pelo cantor Cyro Monteiro, que gravou várias de suas músicas. Aí começou a se apresentar em público, em 1960, no “ Zicartola”, bar de Cartola e Dona Zica, no centro da cidade. Em 1970, lançou seu 1º LP: “ Depoimento de Poeta”, gravado pela gravadora Castelinho. Suas músicas eram extremamente simples, com letras que remetiam à questões como violão, mulher, botequim, morte, como em : “ Rugas”, “ Quando Eu Me Chamar Saudade”, “ Luto”, “ Eu e as Flores”, “ Juízo Final”.
Com mais de 50 anos de idade, conheceu Durvalina, trinta anos mais nova do que ele, por quem se apaixonou e com quem viveu até o fim de sua vida.
Nelson Cavaquinho morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos de idade. Vítima de um enfisema pulmonar.
No carnaval de 2011, a escola de Samba Estação Primeira de Mangueira o homenageou, pelo seu centenário. O enredo foi: “O Filho Fiel, Sempre Mangueira”.