Oduvaldo Cozzi foi um grande locutor esportivo do rádio brasileiro, nas décadas de 40, 50,60. Em 1938, Oduvaldo foi para Porto Alegre. Ele era considerado o locutor lírico, que era assim chamado por ter uma maneira mais lenta e macia de falar e transmitir as partidas. Ele assumiu a direção da Rádio Sociedade Gaúcha. Os gaúchos consideraram que Oduvaldo revolucionou as estruturas das transmissões esportivas no sul.Ele era capaz de falar por duas horas seguidas, sem dizer bobagens. Ajeitava a voz no céu da boca e conseguia musicalidade própria, muito pessoal. Além disso era muito criativo e dizia frases diferentes. No final de 40, transferiu-se da Rádio Nacional para a Rádio Mayrink Veiga. Em ambas as emissoras obteve muito sucesso. Foi diretor da Mayrink Veiga.
Em 1947, quando a transmissão de futebol vira uma febre, Oduvaldo Cozzi é considerado o melhor. Todos os demais procuram imitá-lo, sem conseguir.Ele é considerado único. E, além das locuções esportivas, era aproveitado em outros programas, sendo que foi ele que deu ao cantor Orlando Silva, o codinome de: “O Cantor das Multidões”.
Em 1954 quando pela primeira vez a Copa do Mundo foi televisionado da Suiça para toda a Europa, Oduvaldo Cozzi fez sucesso, embora tenha transmitido pelo rádio, mas levando a emoção para a narrativa.O Brasil todo o acompanhou e elogiou. Oduvaldo Cozzi . Ele estava na Rádio Guanabara, do Rio de Janeiro.
Em 1955 ele aceitou o convite da Tupi do Rio e começou a trabalhar também na televisão. O narrador participou da Rede Brasileira de Televisão, o pool de emissoras que transmitiu a Copa do Mundo de 1970. Alem do esporte atuou também em outras áreas. Foi apresentador da versão mineira do famoso “O Céu é o Limite”, pela TV Itacolomi.
Ele foi homenageado pelos cariocas: hoje Oduvaldo Cozzi é nome de um viaduto na cidade do Rio de Janeiro.
Oduvaldo Cozzi faleceu no dia 12 de novembro de 1978, aos 63 anos, em Guaíba-RS.