Otelo Zeloni foi um ator nascido em Roma, na Itália, em 26 de novembro de 1921, que se radicou no Brasil e aqui fez muito sucesso.
Veio para o Brasil em 1947 e logo aqui se interessou pela arte de representar, dedicando-se mais aos papeis cômicos. Começou em cinema. Já em 1951 apareceu no filme “Suzana e o Presidente“. Em 1954 fez “É Proibido Beijar”, e em 1956 apareceu em três filmes: “Doutora Muito Viva”; “De Pernas Pro Ar” e “Com Água Na Boca”. Em 1957 apareceu em “A Baronesa Transviada”, e depois atuou em “Cala a Boca, Etelvina”; “Marido de Mulher Boa”; “Vai Que é Mole”; “O Cantor e a Bailarina” e “Três Colegas de Batina”.
Estourou na TV Tupi, a pioneira, fazendo “Pequeno Mundo de Dom Camilo“. Ele era Dom Camilo, personagem já conhecido do cinema. O texto de Giovani Guareschi foi traduzido para vários idiomas. E no Brasil, com direção de Túlio de Lemos e Heitor de Andrade, que além de diretor, era o parceiro de Zeloni, fazendo o papel de Pepone, O seriado teve em Otelo Zeloni o Dom Camilo perfeito.
Em 1965 ele fez o filme “São Paulo Sociedade Anônima” de Luis Sérgio Person e foi para a TV Record aparecer na novela “Mãos ao Ar“. Dois anos depois, em 1967, foi convidado para um seriado humorístico que foi um verdadeiro divisor de águas na televisão: “Família Trapo“, no qual trabalhou com Ronald Golias, Jô Soares e Renata Fronzi. Imenso sucesso de público.
Em 1970, após o sucesso da novela “Beto Rockfeller”, na TV Tupi, foi rodado o filme homônimo e Zeloni foi convidado a participar. Depois filmou “A Arte de Amar Bem”; “Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora”; “Lua de Mel e Amendoim” e “Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva”.
Em 1971, Otelo Zeloni gostava muito de cozinhar e estava casado com Gióia Stefanini, que era atriz e cozinheira também. Então eles lançaram o programa “Zeloni, Forno e Fogão”. Dois anos depois, na TV Tupi, participou do seriado “O Conde Zebra”.
Otelo Zeloni foi acometido de um câncer cerebral e faleceu em São Paulo, em 29 de dezembro de 1973, com apenas 52 anos de idade.