MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

A órfã que liderou a audiência na TV Excelsior



Em julho de 1968, a TV Excelsior conquistava as crianças e as mães com a história de uma garotinha de nome Toquinho, abandonada pelos pais e entregue à guarda de uma mulher malvada, dona Elza, que dirigia um orfanato. Mas a nossa heroína encontrava no até então solitário Velho Gui, o amparo e o carinho que ela precisava.

As lágrimas rolavam a cada capítulo de “A Pequena Órfã”, novela de Teixeira Filho (1922-1984), dirigida pelo sempre competente Dionísio Azevedo, onde ambos abusavam do tom emocional para conquistar os telespectadores. Era o início de um filão, o de contar histórias de crianças órfãs sofredoras, que sempre deu certo na nossa televisão e, principalmente, na nossa teledramaturgia.

A novela arrebatou para o horário das 18h30 da TV Excelsior um grande público, e o sucesso foi tão marcante que ela permaneceu no ar de julho de 1968 a maio de 1969, ou seja, durante 10 meses. Revelou também para o país o talento de Patrícia Aires, filha do ator Percy Aires (1932-1992), que nunca havia trabalhado na televisão.

Com trabalhos marcantes dos saudosos Dionísio de Azevedo (1922-1994) como o Velho Gui e de Riva Nimitz (1930-1993) com a má dona Elza, a novela ganhou o público e, além de Patricia Aires, marcou a estreia nas novelas de nomes que depois se tornariam muito conhecidos dos telespectadores: Nádia Lippi, Roberto Maya e Glória Maria, que algum tempo depois, mais crescida, optou por ser conhecida como Glória Pires.

“A Pequena Órfã” também entrou para a história da nossa teledramaturgia como a primeira novela em que um ator de destaque teve que ser substituído no decorrer da trama. E neste caso, foi justamente a intérprete principal, já que Patricia Aires era muito exigida nas gravações e isso começou a atrapalhar os estudos e a vida da menina. Embora ator, o pai, Percy Aires acabou brigando com a direção da novela por causa disso e exigiu que a menina deixasse a novela.

E foi assim que nos três últimos meses da novela, a Toquinho cresceu e passou a ser vivida pela jovem atriz Marize Ney, na vida real três anos mais velha que Patricia Aires. A menina crescia na novela mas os seus problemas e sofrimento também. A novela chegou a ser reprisada na TV Globo logo depois do fechamento da Excelsior.

E a prova de que investir em criança órfã e adultos maldosos dá muito resultado, é que a própria TV Globo encomendou um remake da história para o autor Marcílio Moraes, que hoje está no time da TV Record, em 1993, e assim surgiu “Sonho Meu”, um sucesso no horário das 18h da emissora.

museudatv

museudatv

Highlight option

Turn on the "highlight" option for any widget, to get an alternative styling like this. You can change the colors for highlighted widgets in the theme options. See more examples below.
Marcos Zago

Marcos Zago

Advertisement

Small ads

Flickr

Social Widget

Collaboratively harness market-driven processes whereas resource-leveling internal or "organic" sources.

ThemeForest

 
Apoio
Centro Universitário Belas Artes
ABERT
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABTU
ACESP
Apodec
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Fórum SBTVD
Comunique-se
IBEPEC
Gugu Vive
Grupo Observatório
O Fuxico
Kantar Ibope Media
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação