Em 1945, ela conheceu o escritor Jorge Amado quando ambos trabalhavam no movimento pela anistia dos presos políticos. Ela passou a trabalhar com Jorge revisando e datilografando os originais de seus livros. Nessa época ela foi morar com ele no Rio de Janeiro e Jorge Amado foi eleito para a Câmara Federal.
Em 1948, o Partido Comunista foi declarado ilegal e os parlamentares eleitos pelo PCB foram cassados, entre eles Jorge Amado. Ele perdeu o mandato e o casal teve que se exilar na Europa. Zélia e Jorge voltam para o Brasil em 1952 e foram morar no Rio de Janeiro, mas em 1960 mudaram de vez para Salvador, na Bahia.
Zelia Gattai foi bastante incentivada pelo marido a começar a escrever livros, e em 1979, com mais de sessenta anos, estreia na Literatura Brasileira com “Anarquistas Graças a Deus” que em 1984 vira minissérie na TV Globo, adaptada por Walter George Durst com direção de Walter Avancini. Com esse livro ela recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária.
Zelia Gattai e Jorge Amado viveram juntos por 56 anos, até a morte de Jorge em 2001. Nesse mesmo ano ela é eleita pelos imortais da Academia Brasileira de Letras para sucede-lo na famosa Cadeira nº 23.
Ela tomou gosto e três anos depois lançava seu segundo livro. Foi também eleita para a Academia de Letras da Bahia nos anos 2000.
Zélia Gattai faleceu em Salvador no dia 17 de maio de 2008.
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