Nascida Chaya Pinkhasovna Lispector na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, de uma família judaica russa, ela chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs.
A família se instalou na cidade do Recife e a mãe dela morreu quando Clarice tinha apenas oito anos. Aos quatorze anos de idade transferiu-se com o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro.
Clarice Lispector se formou em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro e ingressou no meio literário primeiro como tradutora e depois como jornalista, escritora, contista e ensaísta.
Em pouco tempo ela se tornou uma das mulheres mais influentes da Literatura Brasileira, e é considerada uma das nossas principais autoras do século XX.
Seu primeiro romance foi “Perto do Coração Selvagem” em 1942, quando ela tinha apenas 24 anos de idade, e com o qual ganhou o Prêmio Graça Aranha de melhor romance do ano. Em 1946, ela publicou “O Lustre”.
Clarice passou a escrever contos no jornal carioca “A Manhã”, no suplemento Letras e Artes. Teve o primeiro filho, Pedro, em 1948, na Suíça, e o segundo em 1953, Paulo, nos Estados Unidos. No jornal “Correio da Manhã”, passou a assinar a coluna Correio Feminino e criou a coluna Só Para Mulheres.
Suas principais obras foram: “Laços de Família”; “A Paixão Segundo G.H.”; “A Hora da Estrela” e “Um Sopro de Vida”. Esses livros tiveram premiadas adaptações para os palcos e para o cinema, como o romance “A Hora da Estrela”, transformado em um premiado filme de Suzana Amaral em 1985.
Ela faleceu em 9 de dezembro de 1977, prestes a completar 57 anos de idade, vitimada por um câncer de ovário. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Caju, na cidade do Rio de Janeiro.