A novela estreou em 29 de março de 1976, no horário das 20 horas, com a missão de manter os bons índices de audiência de sua antecessora, “A Viagem” de Ivani Ribeiro. E “Xeque Mate” não decepcionou com uma audiência bem significativa e que manteve o horário como um de maiores sucessos na época da TV Tupi.
Com direção de David Grinberg e mais de 160 capítulos, a novela teve uma caprichada reconstituição de época e um figurino que causava inveja nas mulheres, principalmente com as roupas usadas pelas duas principais personagens femininas: as irmãs Lucia (Maria Isabel de Lizandra) e Nancy (Lilian Lemmertz).
A emissora reuniu um grande elenco e os autores premiaram os atores com personagens que ficaram marcados em suas carreiras. Como esquecer o mordomo Sebastião de Raul Cortez, um dos melhores trabalhos do ator em novelas? Ou o ambicioso e vingativo milionário Rodolfo interpretado por Edney Giovenazzi? Ou a liberal Nancy de Lilian Lemmertz? Ou o Dr. Lemos, o rico banqueiro vivido por Rodolfo Mayer ou o simpático e decidido Padre Inácio de Elias Gleizer?
Nos principais papéis, Maria Isabel de Lizandra, a Lucia, mostrou porque era já uma das principais estrelas da casa, linda, charmosa e brilhante como a jovem disputada por dois homens tão diferentes, e Enio Gonçalves teve sua primeira grande chance na emissora ao viver o mendigo Aldo Xavier, na verdade um estudante burguês que vai para as ruas após sofrer uma grande desilusão amorosa, e não decepcionou, se transformando no mais novo galã da emissora.
Aliás, os dois atores se entregaram tanto nos seus respectivos papéis, que ao final da novela, Maria Isabel de Lizandra e Enio Gonçalves se transformaram em um casal também na vida real.
No grande elenco ainda estavam muitos outros atores: Lia de Aguiar, Cláudio Correa e Castro, Maria Luiza Castelli, Abrahão Farc, Riva Nimitz, Silvia Leblon, Ewerton de Castro, Dante Ruy, Silvana Lopes, Wilma de Aguiar, Carlos Koppa, Laerte Morrone, Eduardo Abbas, Paulo Padilha, Maria do Carmo, Ricardo Dias, Oswaldo Campozana, Marcos Wainberg, Eunice Mendes e Sebastião Campos.