MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ANTÔNIO ABUJAMRA


Antônio Abujamra nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Ourinhos, em 15 de setembro de 1932.

Ele foi ator, diretor, apresentador, produtor de Televisão e também de Teatro. Estudou Filosofia e Jornalismo na PUC do Rio Grande do Sul, e lá começou sua carreira artística, estreando como integrante do Teatro Universitário de Porto Alegre, por volta de 1954, em peças como “À Margem da Vida” e “A Cantora Careca”.

Como profissional ele estreou em 1961, dirigindo a peça “Raízes”, e no mesmo ano ele foi para o Teatro Oficina onde dirigiu “José do Parto à Sepultura”, de Augusto Boal. Em 1963, fundou o Grupo Decisão ao lado de Antonio Ghigonetto e de Emílio Dio Biasi. Nessa época, primeira metade dos anos 1960, marcos presença nos palcos em espetáculos marcantes como “Antígone”; “Os Fuzis da Senhora Carrar”; “Terror e Miséria do III Reich”; “Electra”; “Tartufo” e “Boa Tarde, Excelência”.

Antonio Abujamra chegou na Televisão em 1967, quando participou do elenco da novela “As Minas de Prata” na TV Excelsior e depois “O Pequeno Lord”  e “O Décimo Mandamento”, ambas na TV Tupi.

Sem nunca deixar os palcos, ele foi aos poucos participando mais ativamente da nossa teledramaturgia e assumiu a direção da novela “Nenhum Homem é Deus”, em 1969, na TV Tupi, e em seguida também dirigiu “As Confissões de Penélope”; “Super Plá” e “A Gordinha”, todas na TV Tupi.

Em 1974, se transferiu para a TV Cultura, onde dirigiu e adaptou obras para o “Teatro 2” e substituiu Fernando Faro em alguns episódios do programa “Ensaio“, e em 1978 voltou para a TV Tupi para dirigir as novelas “Salário Mínimo” e “Gaivotas“.

No início da década de 1980, engajou-se na recuperação do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia e nos palcos dirigiu e produziu espetáculos de grande sucesso: “Os Efeitos dos Raios Gama Sobre as Margaridas do Campo”; “Treze”; “Dona Rosita, a Solteira”; “Os Órfãos de Jânio”; “Hamleto”; “Madame Pommery”; “Morte Acidental de um Anarquista”; “Muro de Arrimo”; “A Serpente” e “Infidelidades”.

Nessa mesma década se destaca também por dirigir novelas e seriados como “Obrigado Doutor” na TV Globo; “Os Adolescentes”, “Os Imigrantes” e “Ninho da Serpente” na TV Bandeirantes e dois episódios do “Caso Verdade” na TV Globo.

Em 1991 ele recebeu o Prêmio Moliére de melhor diretor de Teatro por “Um Certo Hamlet”, espetáculo da companhia Os Fodidos Privilegiados, fundada por ele no Rio de Janeiro.

No final dos anos 1980, se destaca também como ator, interpretando personagens marcantes nas novelas “Sassaricando” em 1997; “Que Rei Sou Eu?” em 1989, onde viveu o mestre Ravengar e “Cortina de Vidro” em 1990, no SBT. Em 1991, viveu o xerife Homero na novela “Amazônia” na TV Manchete, e depois ainda participou como o Nero de “O Mapa da Mina”, na TV Globo; o Piconês de “A Idade da Loba” na TV Bandeirantes; o Décio de “Antonio Alves, Taxista” no SBT; o Sebastião Caldas de “Os Ossos do Barão”, também no SBT; o Álvaro de “Andando nas Nuvens”; o Coutinho de “Terra Nostra”; o Fellini de “Vila Madalena“, as três na TV Globo e o Coronel Diego de “Marcas da Paixão” na TV Record; o Dimitri de “Começar de Novo” na TV Globo e o Marco Iago de “Poder Paralelo” na Record TV.

Na TV Cultura, de 2000 até 2015, ele apresentou o programa “Provocações”, onde adotou um estilo mia slivre e audacioso de fazer perguntas para os seus convidados. Seu último programa, que era sempr exibido às terças-feiras, foi ao ar no dia 21 de abril de 2015, e todos eles terminavam com uma pergunta: “O que é vida?“.

No Cinema, Abujamra começou em 1989, fazendo “Festa” e participou também de “Lua Cheia”; “Sermões: a História de Antonio Vieira”; “Atrás das Grades”; “Perigo Negro”; “Oceano Atlantis”; “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”; “Olhos de Vampa”; “Quem Matou Pixote?”; “Caminho dos Sonhos”; “Vila-Lobos-Uma Vida de Paixão”; “Quanto Vale Ou É Por Quilo?”; “Concerto Campestre” e ” É Proibido Fumar”.

Ele recebeu muitos prêmios em sua carreira, tanto como diretor, e também de melhor ator ou coadjuvante, como  o “Prêmio Juscelino Kubistchec de Oliveira”, o “Prêmio Kikito”; o “Troféu APCA” e o Prêmio ” Lifetime Achievent”, no XI Festival Internacional de Teatro, em Miami.

Antonio Abujamra faleceu em 28 de abril de 2015, aos 82 anos de idade, na cidade de São Paulo, vitimado por um infarto. Ele era viúvo e pais de dois filhos, um deles o músico, compositor e ator André Abujamra.

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