MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


CLÉLIA SIMONE


Clélia de Barros Machado, nasceu em 7 de outubro, em São Paulo, filha de Labiano de Barros Machado e Isolina Giovagnolli. O pai era um cientista de Oceanografia, mas no fundo de sua alma era um músico. E sua mãe sempre gostara de operas e operetas, que vivia cantarolando. Clélia nasceu e cresceu sempre nos Jardins, zona nobre da capital paulista. Mas houve um desquite entre os pais de Clélia e seu padrasto era Chateaubriand Carneiro Geraldis.

Clélia tem irmãos por parte de pai e por parte de mãe. Sempre estudando em colégios finos, conseguia ser a primeira da classe. Mas no que ela se sobressaia mesmo era em sua afinação e sua voz belíssima. E assim ela cantava sempre, nas reuniões que sua família promovia. Nunca pensou em ser profissional, mas com oito anos a mãe a levou ao “Clube do Papai-Noel” de Homero Silva, que era o programa de rádio mais famoso nessa especialidade. Todos aplaudiram a pequena soprano. Estudou francês e inglês.

Clélia em verdade, estava se preparando para seu repertório de músicas internacionais. Foi assim, que num passeio com amigos, já então mocinha, conheceu o Maestro Georges Henry e um cantor gordo e simpático chamado Willian Fourneaux. Por insistência da própria família, Clélia chegou ao microfone e cantou. O Maestro ficou embevecido. Além de muito bonita, a mocinha realmente sabia cantar. Daí para a Televisão Tupi, a emissora que tinha a direção daquele Maestro, foi um passo. E logo Clélia brilhava em programas expressivos da casa, como: “Antarctica no mundo dos sons”, e outros.

Sua linda voz e sua rara afinação, conquistaram São Paulo. Era o dia 18 de setembro de 1952, quando Clélia assinou o seu contrato. E assim ela ficou ali por dez anos. Ao mesmo tempo começou a gravar jingles comerciais. Nos programas cantava em inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e português. Mas os jingles a chamavam tanto, que aos poucos, por questões financeiras, foi dando prioridade a eles. E gravou jingles por 45 anos. Assim, entre locuções, histórias infantis, audio-visuais, Clélia Simone fez cem mil gravações. Tanto que a homenagearam e imortalizaram na Escola Superior de Propaganda, em São Paulo. Recebeu também o prêmio “Roquete Pinto”, como melhor cantora do ano de 1962. Hoje, Clélia Simone aparece em alguns shows, e dá aulas de canto e piano, para um público seleto.

Tem um único filho, Alexandre, filho de Walter Tasca, que foi o grande amor de sua vida. Alexandre também é músico e hoje, viúva, Clélia dedica-se inteiramente a ele. Meiga, doce, sensível, Clélia ama a arte até o fundo do seu ser. Grande amiga, grande criatura, grande artista.

 
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