O nome completo do grande ator Oscarito era Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Tereza Dias. Ele nasceu na cidade de Málaca, Espanha, em 16 de agosto de 1906.
Veio para o Brasil com apenas um ano de idade, com seus pais. E se naturalizou brasileiro somente em 1949. Era de família circense e chegou a ser considerado um dos maiores cômicos do Brasil. Seu pai era alemão e sua mãe espanhola.
Oscarito começou a se apresentar em circo aos cinco anos. Foi trapezista, palhaço, acrobata e ator. Aprendeu a tocar violino e logo se percebeu que tinha tudo para virar uma grande estrela, pois cativava o público. Passou para o teatro de revista, “coqueluche” da época. Em 1932, estreou na peça “Calma, Gegê“, satirizando o então ditador brasileiro Getúlio Vargas. Mas o fazia com tal graça e perfeição, que o próprio Getúlio mandou procurá-lo e acabaram ficando amigos.
No cinema começou em 1933, no filme “A Voz do Carnaval“, fez sucesso e participou de mais de 50 fitas. Em 1935, fez “Noites Cariocas” e em 1936, “Alô, Alô Carnaval“. Em seguida esteve em grandes sucessos do cinema brasileiro como “Banana da Terra”; “Vinte e Quatro Horas de Sonho”; “Gente Honesta”; “Fantasma Por Acaso”; “Este Mundo É Um Pandeiro”; “E o Mundo se Diverte”; “Caçula do Barulho”; “Carnaval no Fogo”; “Aviso Aos Navegantes”; “Aí Vem o Barão”; “Dupla do Barulho”; “Nem Sansão, Nem Dalila”; “Matar ou Correr”; “Guerra do Samba”; “Papai Fanfarrão”; “Colégio de Brotos”; “Treze Cadeiras”; “De Vento em Popa”; “Este Milhão É Meu”; “O Homem do Sputnik”, “Pintando o Sete”; “Dois Ladrões”; “Entre Mulheres e Espiões”; “Crônica da Cidade Amada”; “A Espiã Que Entrou em Fria” e “Jovens Pra Frente“.
Muitos de seus filmes foram dirigidos por Carlos Manga, que depois se tornou diretor da Rede Globo de Televisão. E Oscarito se tornou tão apreciado, que certa vez o humorista americano Bob Hope o viu representando e o convidou para trabalhar em Hollywood, pois ele imitava Rita Hayworth muito bem. Mas Oscarito disse “Não”, talvez temendo não fazer lá o mesmo sucesso.
Sua grande parceria foi com o ator negro Grande Otelo, seu companheiro de inúmeros filmes nas décadas de 1940 e 1950.
Oscarito foi casado por muitos anos com a atriz Margot Louro e eles tiveram dois filhos, um deles a também atriz Myriam Tereza.
Um dia, em sua casa, por brincadeira, quis fazer um salto que fazia em circo e se machucou. Logo depois teve um um acidente vascular cerebral, que o matou, em 4 de agosto de 1970, aos 63 anos de idade.
Oscarito foi um comediante à altura de Charles Chaplin e Cantinflas.
