Violeta Vidigal Ferraz nasceu em Lisboa, capital de Portugal, em 11 de fevereiro de 1902.
Veio para o Brasil em 1912 e trabalhou durante anos no circo até entrar na Rádio Nacional, para fazer radionovelas.
Conquistou o público dos cinemas, notadamente nas várias chanchadas em que atuou e das quais foi uma de suas mais impagáveis comediantes. Sua estréia no cinema se deu em 1939, no filme “Está Tudo Aí”, dirigida por Mesquitinha, que também atuou no filme.
Daí para a frente, Violeta Ferraz, que vinha do teatro musical, encontrou nas chanchadas um espaço perfeito para o seu talento – curiosamente só atuou em um filme da Atlântida, as chanchadas em que participou foram feitas em outros estúdios.
Entre as personagens que interpretou, pelo menos uma é clássica: a masculinizada Madame Pau Pereira em “É Fogo na Roupa”, de Watson Macedo.
Com grande talento, principalmente para comédias, destaca-se durante muitos anos, mesmo tendo reduzido a intensidade de suas apresentações, nas décadas de 1960 e 1970.
Violeta Ferraz divertia o público com sua persona histriônica, em que sua atuação vinha sempre marcada por muitas caras e bocas inacreditáveis e um humor pra lá de escrachado.
Seu principais filmes foram: “Quero Essa Mulher Assim Mesmo”; “Briga, Mulher e Samba”; “Pega Ladrão!”; “O Batedor de Carteiras”; “Minha Sogra é da Policia”; “Rico Ri à Toa”; “Carnaval em Marte”; “O Golpe”; “O Petróleo é Nosso”; “É Fogo na Roupa” e “Agüenta Firme, Isidoro”.
Violeta Ferraz faleceu no Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 1982, aos 80 anos de idade.
